Para gerar outra vida, a concha recebe a areia, que incomoda, e fere, e magoa, mas que, por defesa e ânsia de criação, a ostra envolve com camadas e camadas de Nácar puro...
Como proteção, envolve o mínimo grão com sua melhor produção...
E este, ínfimo grão mutante, de mais um entre milhares torna-se único.
Aquele que, esculpido pelo tempo e pelo esforço, pelo contínuo trabalho, pelo doar-se constante de sua agora origem, torna-se pérola...
Que se mostra, e vive, e brilha, apenas e tão somente quando a concha se abre...
Ouse, nesta vida, ser concha!
Permita-se, nesta vida, ser pérola!
Quando alguém te magoar ou te ferir revista-se da mais preciosa joia de Deus: cubra-se de amor e ternura.
Siga o exemplo da concha e o ódio não terá como se desenvolver porque o amor se estenderá e será o revestimento mais belo e precioso que será dado em troca de toda areia da vida que venha a lhe ferir.
(Autor não conhecido)
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